EDUCAÇÃO: DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?
Rosiram Gomes
25/03/2009
Que o ensino público está decadente, ninguém discute. Mas é fato que a educação pode apresentar bons resultados desde que cada envolvido tenha um compromisso sério e trabalhe com amor. Mas não se trata aqui de discutir como a educação está acontecendo ou o que está deixando de acontecer na educação. Mas sim o que de fato a escola está enfrentando atualmente com relação a educação de nossa crianças e jovens.
Sabemos que todas as esferas de governo distribuem a parcela de seus orçamentos destinada à Educação e estes vêm almejando resultados eficientes, haja vista que os resultados alcançados em nível de país, estado, município, escola, aluno, ainda são bem inferiores aos países de primeiro mundo.
A gestão do Estado do Tocantins tem investido muito em educação com uma política voltada para melhoria do rendimento escolar, implantando programas e projetos, incentivando das diversas formas, professores, diretores de escolas, alunos e demais envolvidos na educação, com um foco extremamente claro: a aprendizagem efetiva dos alunos. No entanto, o aperfeiçoamento da gestão dos sistemas públicos de educação permite que as escolas passem a adotar práticas que estimulem a evolução da qualidade do ensino.
A escola pública no Estado do Tocantins, em sua maioria, tem infra-estrutura adequada às condições sociais dos alunos, tem equipamentos pedagógicos e tecnológicos suficientes para atender a demanda. A maioria dos professores são lotados de acordo com sua área de atuação, mesmo sendo nomeados por tempo determinado, é possível que ainda tenha professores que persistem em trabalhar com metodologia tradicionalista, não que esta não funcione, mas com essa gama de informações das quais o nossos alunos absorvem, o tradicionalismo com certeza não atrairá esses educandos.
É possível também que haja professores que preocupam em obter resultados eficazes, aplicando metodologias diferenciadas de trabalho para atrair a nova geração de educandos. Daí, a preocupação com a formação profissional dos servidores da rede estadual de ensino que também tem sido preocupação do Governo e da Secretária de Educação no Tocantins.
Mas, diante do exposto, o que realmente acontece quando recebemos os resultados dos nossos alunos no final de cada bimestre ou mesmo ao final de cada ano letivo? Alunos sem os pré-requisitos básicos para a série, são refletidos pelas notas abaixo da média, gerando assim um alto índice de repetência e às vezes o abandono como conseqüência desse fato.
Outro fator de preocupação que também é perceptível na escola é a falta de acompanhamento dos responsáveis pelos alunos no processo educacional. A maioria dos responsáveis chega à escola no inicio do ano letivo para fazer a matrícula do aluno e no decorrer do ano não comparece para saber o que como está acontecendo com mesmo. Alguns até comparecem de vez em quando, outros só quando são chamados pela direção ou pelos professores, mas há aqueles que mesmo sendo chamados ainda apresentam desculpas sobre falta de tempo e trabalho. E ainda, aqueles que quando recebem algum tipo queixa sobre a indisciplina ou baixo rendimento escolar do filho, diz que a escola é que deve tomar uma posição em relação ao filho, pois estes não têm mais poder sobre o filho. É a famosa frase “eu não dou mais conta desse(a) filho(a)”, “façam o que puder fazer com ele(a)”.
Porém, entendemos que parte dessas dificuldades pode ser contornada com a adoção de procedimento de supervisão mais eficientes. Cada integrante da equipe escolar deve se guiar por uma visão otimista e confiar que é possível fazer com que os alunos aprendam mais e melhor, sempre. É claro, é um trabalho que exige constante definição e revisão de prioridades e a identificação das principais dificuldades. Para isso, todos envolvidos no processo escolar precisam estar constantemente preocupados em avaliar o resultado das ações adotadas.
Dessa forma, não cabe achar culpado pelo fracasso na educação revelado no insucesso do aluno. Mas encontrar mecanismos eficientes para obter resultados eficazes.
